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Diversos autores apresentam diferentes versões para explicar a origem deste apelido. De entre muitas, que consultámos na Biblioteca Nacional, seleccionámos as seguintes, que nos parecerem de interesse, e assim as transcrevemos:
As origens desta família, cujo o nome tem raízes tipicamente toponímicas, são pouco conhecidas e o que os genealogistas sobre ela dizem não é muito de fiar.
Aquando da guerra entre o nosso Rei D. Afonso V e os chamados Reis Católicos, vivia em Beja um certo Lopo Barradas, proprietário de grossos cabedais.
Parece, aliás que os Barradas eram naturais ou se haviam fixado no Alentejo, visto que ai se uniram pelo matrimónio com membros de outras famílias, como as dos Caldeiras, Silveiras, Castelo Branco, etc.
Os Barradas eram uma família que se sabe ter usado de armas desde épocas anteriores ao séc. XVI, sendo elas:
de azul, uma cruz firmada de prata, acantonada de vinte vieiras de ouro, realçadas de vermelho, cinco em cada cantão, e dispostas em aspa, com cinco vieiras das armas pendentes do meio e das extremidades daqueles.
Barradas - Prólogo
Os Genealógicos Castelhanos querem persuadir q todas as Casas Ill.es deste Reyno tem seu Sollar em Hespanha, e q todos os appelidos de Portugal tem sua origem nas Casas de Castella fatuidade convensida de falsa a respeito da de Barradas, lhe mostraremos o m.m erro, e a causa delle abaixo, e q o q elles tem desta familia foi deste Reyno.
São os Barradas Portugueses sendo seu Sollar a Torre de Barradas no trº de Beja, sendo hua das antiquíssimas famílias deste Reyno, e q se acha enlaçada com outras não menos Illustres, como se vera no corpo desta Genealogia.
Foi a Casa dos Barradas m.to Rica, e oppolenta e de respeito na Cidade de Beja, e era invejada de m.tas pello q forão denunciados por traidores, infieis, e inconfidentes á Patria, de q rezultou serem prezos varios Cavalheiros desta Familia, e entre outros foi metido na Torre de Beja João Pires Barradas, da qual elle fugio, e se refugiou em Castella onde fez m.tos bons servissos, e exerceo varias ocupacoins grandes, e de destincão sendo Corregedor do Reyno de Murcia e Vezitador g.ral da ordem de S. Thiago cujos empregos bem dão a conhecer a qualidade de sua pessoa: Por esta Causa se arruinou a Casa dos Barradas, fugirão m.tos Fidalgos desta Famillia, porem averiguando ElRey os motivos, e fundam.tos da denuncia q lhes tinão delles dado veyo no conhecimento da falsidade della, por cuja causa os declarou inosentes, e mandou por Editos publicos fazer certa a sua Lealdade, e o testemunho levantado, e entregar-lhes as fazendas seqrestadas e ampla liberdade pª poderem vir pª este Reyno o q deo maior lustre a esta familia; Porem alguns q estavão já estabelecidos em Castella m.to Ill.es, e delles os Marquezes de Cortes, e Graena, e outros m.tos.
Esta cauza de se dizer q elles erão de Castella e q lá tnhão o seu prº Sollar, q do o he a Torre de Barradas como fica dito: Laclade no Tomo 4 da Coronica do Rey D. Fernando fl. 195 diz q no tratado deste Reyno com o Rey D. H.e de Castella se capitulou nelle q se banirião todos os Castellanos q andassem neste Reyno, e se acha entre elles ser hum Soeiro Yanes Barradas com condição q o Rey de Castella lhe perdoaria e inda q isto faz alguma duvida por ora seguimos ser Portuguezes the haver provas q nos convencão do contrario, pois he certo q no tempo do Rey D. Sancho prº ja haviam fidalgos deste appelido de Barradas, pois se acha nas hestorias deste tempo q tomando-se Beja aos Mouros ficou por seu Alcaide Mor hum Fidalgo do appelido de Barradas, e talvez este seria o q fundou a torre de Barradas, e tavez q este fosse ascendente de Pedro Rodrigues Barradas de que fallaremos no §4N6=
Não temos por ora notissia de todos os Barradas, mas q os Barradas de Monforte onde existe com destinção do Secullo de 1500 ocupando os primeiros empregos, e servindo na guerra a sua custa, e tendo mais notissias desta familia as continuaremos neste ttº
Segue a cronologia q aponta os primeiros Barradas que remontam ao reinado de D. Afonso V.
Barradas - fls 62
~ 204 - Barradas - De azul, com cruz de prata, cantonada de vinte vieiras de oiro, realçadas de vermelho, cinco em cada cantão.
Timbre: dois troncos esgalhados de oiro, passadas em aspa, encimados por uma vieira de escudo, e 4 vieiras pendentes das extremidades dos troncos.
